Ser mulher segundo a Bíblia
Postado
08/03/2020 07H57

No Dia Internacional da Mulher, uma discussão, a partir da visão bíblica, sobre questões atuais como a igualdade de gênero.
“E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gênesis 1:27 ARC).
Leia também:A Bíblia destaca a diferença e a igualdade entre marido e mulher no
casamento. E ordena que os maridos tratem as mulheres “com honra, como
parte mais frágil (diferença) e co-herdeiras (igualdade) do dom da graça
da vida” (1 Pedro 3:7 NVI). Espiritualmente, mulheres e homens
compartilham a mesma herança, as promessas de Deus são para ambos,
“filhos e filhas” (2 Coríntios 6:18; Atos 2:17).
Proteção da mulher
A fragilidade física da mulher é uma verdade bíblica e um dado
natural. Ignorar isso sob uma falsa pretensão de igualdade física não
contribui para a proteção da mulher – somos naturalmente diferentes.
Porém, a fragilidade não deve ser pensada como inferioridade, embora exija cuidados: pense numa cerâmica valiosa, frágil, mas não inferior (1 Pedro 1:7; 2:7).
A Bíblia corrige os erros de superioridade masculina que surgiram com
o pecado, e que se manifestaram em todas as culturas da história. O
“domínio” masculino, após o pecado, (Gênesis 3:16-19; conforme Efésios
5:25, 28) é uma liderança que deve ser encarada como uma solene
responsabilidade de proteger e cuidar. Deus disse à Eva: “o teu desejo
será para o teu marido, e ele te governará. (Gênesis 3:16)”. O termo
governar indica um governo amoroso como o de Deus (Salmo 22:28; 66:7),
com respeito, proteção e carinho (Isaías 40:10-11).
A verdade bíblica da igualdade essencial estará sendo negada sempre
que mulheres forem consideradas inferiores aos homens, incapazes de
votar ou possuir propriedades. Ou sempre que esposas forem proibidas de
estudar ou ter seus próprios empregos (Provérbios 31:10-31). Ou sempre
que maridos agirem de forma egoísta e mulheres forem vítimas de
violência, como o abuso sexual, o infanticídio feminino ou o aborto
seletivo por gênero. A Bíblia já começa com uma verdade fundamental e
irrefutável que pode corrigir qualquer cultura onde tais coisas
aconteçam.
Finalmente, jovens cristãs precisam se reconciliar com o ensino
bíblico sobre casamento e maternidade. Você não precisa ser casada ou
mãe para ter um conceito bíblico de maternidade e ver o casamento como
uma instituição divina. Não são as nossas experiências pessoais ou a
cultura que definem essas coisas, mas a Palavra de Deus. Mulheres
cristãs podem lutar por dignidade na sociedade com base nas alegações
bíblicas, sem negociar princípios e negar verdades. É preciso
interpretar a busca das mulheres por igualdade por meio das lentes da
Bíblia. Os movimentos feministas querem uma vida melhor para as
mulheres, mas é necessário avaliar as propostas feitas para atingir esse
objetivo. Nem todos os caminhos propostos para alcançar a equidade têm a
aprovação bíblica.
Como disse a missionária Elisabeth Elliot: “o fato de eu ser mulher
não faz de mim um tipo diferente de cristã, porém o fato de eu ser
cristã faz de mim um tipo diferente de mulher”.
Vanessa Meira é pedagoga, mestre e doutoranda em Teologia.
Ser imagem de Deus não é um privilégio masculino. Mulheres e homens
compartilham do mesmo status, e em nenhum lugar a Bíblia diz que as
mulheres são menos imagem de Deus do que os homens. Em vez
disso, afirma que homens e mulheres são interdependentes e não poderiam
existir sem o outro (1 Coríntios 11:7-12). A mulher foi criada por Deus
para ser uma auxiliadora idônea do homem (Gênesis 2:18). Mas, veja:
“auxiliadora” (ezer, em hebraico) não é alguém inferior, pois Deus é ezer
da humanidade e não é inferior à humanidade (Salmo 33:20; 70:5). Já a
palavra idônea passa a ideia de estar em frente a alguém, de maneira
simétrica, mas sendo outro ser, outra individualidade. Ou seja, há
igualdade e há diferença entre mulher e homem.
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